O tema do encontro global esse ano foi “Cooperation in a Fragmented World” e o painel “Travelling Again, Differently” abordou a relação das viagens no contexto da economia global. Compartilho aqui alguns destaques da minha pesquisa:
Nos primeiros sete meses de 2022, a indústria turística atingiram quase 60% dos níveis pré-pandêmicos, com um aumento da demanda após as reaberturas de fronteiras em todo o mundo.
Como os líderes estão transformando suas organizações e práticas para garantir que o setor possa canalizar este crescimento para um futuro turístico mais resiliente e sustentável?
Especialistas em negócios e política previram um tom de pessimismo e participação leve em Davos, no entanto, de acordo com Jeffrey Katz, CEO da Plataforma Journera, havia um senso de otimismo. A participação foi diversificada e incomparavelmente global.
O evento deste ano foi recebeu líderes de todo o mundo, de acordo com Katz: Europa, Ásia, América do Norte e Oriente Médio. (Eu me perguntei onde está a América Latina nesse contexto e a presença de representantes latinos em Davos). Participaram líderes industriais e financeiros, empresários, ONGs e jovens formadores de opiniões, influenciadores globais que falam sobre escassez de alimentos, clima e direitos das mulheres. Os líderes da indústria de viagens não estiveram presentes de Davos este ano. As viagens são um motor muito importante para a conectividade humana e a presença deles em Davos permitiria melhor a colaboração necessária em nossos desafios mais complexos, como a sustentabilidade, por exemplo.
O otimismo se mostrou em quase todas as frentes: Os líderes dos bancos centrais, por exemplo, falaram de um medo reduzido da recessão e de alta resiliência. Por isso, precisamos planejar um futuro para o turismo e viagens que seja melhor que o “pior cenário”. Katz acredita que devem se criar iniciativas de longo prazo para tornar as viagens melhores, mais lucrativas e mais sustentáveis.
Houve um alto compromisso com a sustentabilidade e avanços tecnológicos para a transição de energia para fontes renováveis: entre a Europa e os Estados Unidos, quase um trilhão de dólares foi comprometido até o momento. O CEO do Aeroporto Heathrow pediu à indústria da aviação que colaborasse com os governos e a indústria agrícola desenvolvendo biocombustíveis para ajudar a cumprir as metas de emissões de carbono. Entretanto, segundo Katz, o maior desafio é a interconexão entre esse tema com as indústrias, incluindo a de viagens.
Resiliência e Sustentabilidade das viagens em destaque em Davos: De acordo com os participantes da CNN International ,Richard Quest e Jeff Katz, CEO of Journera, no mundo pós pandêmico, ainda não puderam sentir as mudanças e melhorias na indústria de viagens.
John Holland-Kaye, CEO do Heathrow Airport, falou da relação Homem e a máquina: Precisamos automatizar muito mais a viagem. Se não precisássemos usar tantos aplicativos/fornecedores e ter uma jornada perfeita, todos nós nos beneficiaríamos com isso. Também precisamos construir resiliência, maior colaboração e maior foco sobre o consumidor final.
As companhias aéreas e aeroportos tem buscado redução de custos com a automação, mas quando a máquina falha, não há ninguém lá para fornecer o apoio. “Isso é algo em que precisamos trabalhar como um sistema. Oitenta por cento das pessoas que viajam por um aeroporto não precisam ver ninguém, eles sabem exatamente o que estão fazendo, eles podem viajar sem problemas por causa da automação. Quando a automação falha, temos que ter um sistema de backup e é aí que a fragmentação que temos na aviação nos falha porque nenhuma empresa tem pessoas suficientes”. Ou seja, é necessária a contribuição da máquina, com a liderança do homem.
Holland-Kaye acredita que todos coletivamente – governos, empresas e consumidores – têm um papel a desempenhar. Ele acredita que os países em desenvolvimento podem ser produtores de combustível de aviação sustentável e que os investimentos devem ser feitos por países mais ricos para desenvolver esse setor energético. É imprescindível: mais colaboração e integração.
Viajar hoje ainda consiste em um quebra cabeça de voos, hospedagem, transporte terrestre, eventos, reuniões e a aventura ocasional. De acordo om Katz, é extremamente complicado, e hoje cada viajante é pessoalmente responsável por ser o solucionador de problemas. Precisamos de uma colaboração real que vá além dos fundamentos que existem hoje em torno da segurança, conformidade e alianças já existentes. Ou seja, inovar para gerar maior interconexão nas viagens.
Por último, Katz ressalta que a experiência de viagem importa. Foi uma audiência global em uma aldeia de montanha relativamente pequena. Todos os líderes de deslocaram e organizaram suas viagens, mas não foi falado sobre isso.
No final das contas, por que o Fórum Econômico Mundial é importante para a indústria de viagens? Porque em poucos dias em Davos, você estará cercado por uma mistura das mentes mais brilhantes, de inúmeros setores e uma rica diversidade de líderes e vozes que abrangem todo o mundo. Estar em Davos é combustível para inovação. Para entender a complexidade global, acompanhar a demanda global e acelerar o crescimento. Em 2024, espero que o WEF abra seus braços aos líderes que – muito literalmente – os reuniram em 2023, comenta Katz.
A pauta sobre a economia do turismo e viagens precisa aparecer mais! Para que seja valorizado e debatido entre as lideranças globais, trazendo mais soluções aos nossos grandes desafios. Com o objetivo de tornar as viagens melhores, mais lucrativas e para que possa ser uma indústria que contribua ativamente com o compromisso da sustentabilidade global.
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